Quando vou ter com o babe a casa dele, desço a minha rua para ir lá no fundo apanhar um Bus que me deixa pertinho do meu destino.
Foi lá que conheci o stalker cá do bairro.
A primeira vez chovia e aqui a Maria colocou-se à porta de um prédio para se abrigar, mesmo com o chapéu de chuva aberto.
Um senhor, muito simpático e bem apresentado, passou e cumprimentou-me.
Depois sai-se com um: " Ah, desculpe. É que é mesmo parecida com uma amiga minha. Mas pronto, boa noite na mesma."
Hoje sei que foi por estar a chover que se meteu a andar e não fez mais conversa.
A 2ª vez que me encontrou foi pior.
Lá estava eu de volta à espera do Bus, que se demorou, enquanto ele falava e falava comigo sobre coisas da vida e me dizia que eu era muito bonita e outras tantas tretas. Já não se lembrava de mim e para meter conversa usou o mesmo: " Ah, é que se parece mesmo com uma amiga minha."
Depois de 30 minutos, foi-se, para meu grande alivio, porque se há coisa que detesto é conversas com estranhos.
Ontem, enquanto esperava pelo bus, vejo-o vir e pára a falar com uma senhora que ia entrar para o seu carro.
Quando o reconheci comecei a andar para ver se ele não dava por mim e nisto vejo-o a atravessar a rua e a vir já na minha direcção.
Abençoado autocarro que apareceu no momento exacto em que ele se aproximava de mim.
Ouço-o dizer: " Ah, já lá vem." e seguiu o caminho dele.
Já dentro do bus meti-me a olhar para trás para ver para onde ele ia.
Vejo uma senhora a atravessar a estrada e vejo-o a ir de encontro à senhora.
O stalker cá do bairro mete-se com tudo o que é mulher.
É sempre simpático e amável, muito educado e bem apresentado, mas tem um problemazito.
Ontem percebi isso, porque em menos de 15 minutos o senhor quis meter conversa com 3 mulheres.
Tenho medo.
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