segunda-feira, 27 de maio de 2013

Thank U for the music #4

Já não sei bem como é que esta entrou na minha vida.Muito provavelmente deve ter sido numa noite, num bar qualquer, com um DJ qualquer. Mas ficou.
Fez as delícias do Gang durante muito tempo e julgo que continua a fazer.
Fez-me estar num palco secundário no Alive de 2012, completamente abandonado a favor de uns tais de Coldplay que tocavam no principal. Pois fez. Mas não a ouvi. Indignadissima no final do concerto e depois de ver na setlist entregue a uma das poucas pessoas que ficaram a assistir ao concerto deles, que esta não constava ( sim, porque tive 5 minutos ausente para esvaziar a minha piquena bexiga), dirigi-me a um deles que no final se tinha aproximado do "povo" e não fiz mais nada senão chegar lá e perguntar-lhe: " Porque é que não tocaram a Elvis?"  Nada de: " Ahhh que belo concerto. Muito bom. Adorei. Vocês são os maiores." Não. Foi curto e grosso: " Porque é que não tocaram a Elvis?" Ao que o gajo me responde: " Porque não queremos." Einh?! Oi?! Coméquié?! Respondi-lhe: " Eu vim aqui só para ouvir a Elvis e vocês não a tocaram."
Pirei-me.

A música continuou a fazer maravilhas auditivas quando tocava no bar X ou Y onde íamos. Maravilhas.
Tanta maravilha fez que, certa noite, começa a tocar e tal foi a minha excitação em a ouvir que comecei aos pulinhos e estalei-me no chão sem saber como nem porquê ( sei, foram os copos que já tinha bebido, este é o porquê mas ainda não sei bem o como.) Fizeram questão de me levar para o hospital, até porque nesta altura a taxa moderadora já era a um preço acessível e era preferível ir largar 8 euros num hospital do que beber mais 4 imperiais ( isto realmente, uma pessoa tem amigos que não sabem mesmo o que é que nos faz feliz.) Lá fui e lá estive à espera. Chorava que nem uma desalmada com medo que me encontrassem algum problema na cabeça (que tenho pois não sou lá muito normal.) A única coisa que me encontraram foi um galo e recomendaram que o tratasse a ervilhas congeladas. Questionei se não podia ser antes couves de bruxelas, que era o que tinha no congelador por esses dias.

A partir deste episódio a música ficou marcada pela minha queda. Cada vez que a ouvíamos, aqui a Maria era gozada. Habituei-me.

Este fim de semana fui sair com a Maria e com a Joana.
A coisa estava a correr bem, a malta estava-se a divertir e eis senão quando a música começa a entrar.
Só me lembro de ver a Maria a olhar para mim com uma expressão de pânico enquanto dizia: " F O D A - S E!"
E começámos a abanar o esqueleto como se o mundo fosse acabar.
A meio ainda senti a mão da Maria a amparar-me. Pensou ela que eu fosse cair.
Não caí.
E foi uma granda noite.


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